3 de nov. de 2010

Fanzineria Recomenda: MARY E MAX - UMA AMIZADE DIFERENTE


MARY E MAX - UMA AMIZADE DIFERENTE
(Mary and Max)
Austrália/2010
De Adam Elliot (Harvie Krumpet, Brother, Cousin)
Com Toni Collette, Philip Seymour Hoffman, Eric Bana
Perfil no IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0978762/
Animação

Baseado em uma história real que ocorreu na década de 70. Uma garota australiana de 7anos, Mary Daisy Dinkle, com problemas familiares e pessoais resolve procurar um amigo enviando uma correspondência a um estranho do outro lado do mundo. O sujeito em questão é Max Jerry Horovitz, um americano de meia idade que é igualmente solitário e cheio de manias. Os dois passam a se corresponder ao longo do tempo, criando uma relação de amizade e companheirismo.

A animação de Adam Elliot caminha por tons melancólicos do começo ao final da trama. Mas nem por isso deixa de ter seu humor peculiar, em uma história que emociona e, porque não dizer, gera reflexões sobre modelos sociológicos e psicológicos. Recheado de humor negro e história trágicas (depois de Mary e Max, Up - Altas Aventuras pode ser considerado alegre até!), é um filme com roteiro coeso, histórias que geram atenção do espectador, piadas inteligentes e que às vezes estão presentes até em pequenos detalhes das cenas, o que é preciso que não se perca nada dos diálogos e enquadramentos. A premissa também faz com que o espectador aguarde
ansiosamente pelo clímax, ou seja, o encontro entre os dois, algo que não se tem certeza se realmente vai ocorrer ao longo da trama.

Elliot perpassa por problemas familiares, solidão, confronto de idéias, crises pessoais, diferença de personalidades e imposições da sociedade. Os dois personagens principais com sua baixa auto-estima, engolidos por uma sociedade cruel e hipócrita, se agarram na esperança de suas correspondências, no reconhecimento de pensamentos similares e no entendimento mútuo de suas aflições. E esse é o ponto vital para que esta surpreendente e excepcional história seja contada e lembrada por todos, não sendo um mero passatempo como a grande maioria de seu gênero.

NOTA 9,5

Fonte da resenha: w cinema

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